Francisca Werner (1817-1885) nasceu em 02 de dezembro de 1817, em Nysa. No dia seguinte, foi batizada na igreja paroquial de São Tiago Apóstolo e Santa Inês. Co-fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Elisabete e 2ª Superiora Geral.
Ela foi uma das integrantes mais jovens do primeiro grupo que se juntou a Clara Wolff, em 1842, em Nysa, sua cidade natal, na Silésia, para “dedicar seu tempo e forças para ajudar os doentes e sofredores por amor a Deus”. Depois que começaram a viver juntas, passaram a servir os doentes que necessitavam de cuidados. Dedicando-se e dedicando a obra iniciada ao Sagrado Coração de Jesus, lançaram a pedra fundamental da Congregação das Irmãs de Santa Elisabete.
Francisca, graças aos seus talentos especiais, fé inabalável em Deus e empenho abnegado, contribuiu concretamente para o desenvolvimento da nova comunidade religiosa. Seu exemplo confirma – como disse o administrador paroquial padre Pietsch durante a cerimônia fúnebre em Nysa – que “Deus escolhe pessoas pequenas e discretas no mundo para grandes feitos”.
Para as Irmãs, Francisca Werner era percebida como uma pessoa que amava a pobreza e a simplicidade, e apesar de vários sofrimentos, caracterizava-se pela serenidade. Geralmente silenciosa, nunca deixou de louvar a Misericórdia Divina e contar como milagrosamente ela mesma foi premiada muitas vezes por sua confiança inabalável em Deus. Sua forte confiança em Deus é a tônica evidente em todas as suas cartas.
Contudo, as dificuldades que ameaçavam a continuidade da Congregação no período inicial e durante a luta do governo prussiano contra a Igreja Católica, a chamada Kulturkampf, causaram-lhe muitas preocupações e sofrimento. No entanto, isso não abalou sua confiança em Deus. Após a morte da primeira Superiora Geral da Congregação, Madre Maria Luísa Merkert, Madre Francisca, como segunda Superiora Geral, tomou medidas decisivas e corajosas para preservar a atividade da Congregação “severamente afetada” em decorrência da lei prussiana, que, durante sete anos, proibiu aceitar novos membros às congregações religiosas. Madre Francisca não teve medo de falar abertamente sobre as dificuldades que assolavam a Congregação e até fez um pedido pessoal de ajuda ao Kaiser Guilherme I, à Imperatriz Augusta e ao Ministro da Cultura Gustav von Goβler. Ao mesmo tempo, dedicou-se com todo zelo ao fortalecimento interior da Congregação.
Durante sua vida, ela foi um exemplo a seguir para muitas pessoas. A forte influência da sua extraordinária personalidade atrai ainda hoje muitas pessoas a seguirem o seu caminho, encorajando-as a viver coerentemente na fé e em estreita relação com a Igreja.
Em 24 de novembro de 2021 deu-se a abertura do seu Processo de beatificação a nível diocesano.